Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura
Friedrich Nietzsche

Agora que me estava a conseguir libertar, volta tudo. As dúvidas, as incertezas trespassam-me. Eu já me tinha conseguido libertar e afastar. Tinha fechado todos os sentimentos dentro de um baú que escondi num canto recôndito do meu coração. Parece que o baú quer explodir e deixar à soltar todos os sentimentos. A vida é tão mais simples quando voltamos as costas a tudo, quando nos afastamos de tudo aquilo que amamos e que nos magoa. Gostava de ter um botão para desligar por completo os sentimentos. Prefiro tornar-me fria e insensível do que voltar a ser magoada. Prefiro nunca mais amar. Gostava de conseguir afirmar que preferia nunca mais me apaixonar.
Claro que as relações de uma noite sem qualquer tipo de envolvimento seriam a alternativa. Por vezes, estas relações até duram mais do que uma única noite. E até pode acontecer que daí nasça uma paixão verdadeira e intensa. Mas, ao fim de algum tempo, começamos a sentir vazios, ocos porque as pessoas que encontramos nestas situações também o são. Não se questiona nada nem sequer se o dia de trabalho correu bem...
Infelizmente, não sou imune ao amor, à paixão... quando é verdadeira. Quando gosto, gosto. Quando me apaixono é a sério. Quando me magoam choro lágrimas de sangue... e demora muito tempo a sarar a ferida. Principalmente quando a paixão é intensa.

foto de Jan Faul

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