Cada vez mais me sinto sozinha.
Começo a habituar-me à solidão. Sinto-me mais feliz nos braços da solidão do que nos braços de um homem. Mas um abraço é sempre reconfortante...
Não raramente sinto falta de um abraço forte e aconchegante, de um telefonema ao final do dia, de um convite para passar um fim-de-semana num sítio longí­quo e deslumbrante... Mas isso passa (rapidamente) e volto a sentir o peso da solidão. Sinto esse peso cada vez mais leve e o sentimento começa a fazer parte de mim. Começo a habituar-me à solidão...
Sinto-me uma pessoa solitária - uma daquelas pessoas que observa a vida. Mas não faço como as ditas pessoas solitárias que deixam a vida passar ao lado... Faço o possível por fazer o que gosto e por chegar ao fim de cada dia satisfeita. Nos dias em que me sinto insatisfeita é quando me recordo que sou uma pessoa solitária. Mesmo no meio de uma multidão podemos estar sozinhos. Parece-me que a solidão já é um estado de espírito que me tem acompanhado nos últimos anos.
Começo a habituar-me à solidão. Todas as relações enfrentam a rotina como um mal necessário, como algo adquirido. Nunca quis isso para mim! Mas, vou-me habituando à solidão...

Cada vez mais acho que a solidão é um sindrome da Modernidade.

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